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Avanço e Traição

Devido ao fato de que muitos dentre nós conhecem pouco da história do sedevacantismo, apresentamos o que Dom Williamson já escrevia sobre ele em 1984. As atitudes dos sedevacantistas são extremamente graves e os brasileiros têm obrigação de conhecê-las para resistirem aos lobos que querem invadir os apriscos do Cristo Rei e lhe roubar as almas. Mas os principais culpados são a Roma neomodernista e neoprotestante e o Concílio Vaticano II, como me lembrou Dom Williamson há poucos dias.

+ Dom Tomás de Aquino OSB

Avanço e Traição

5 de junho de 1984

Por Sua Excelência Reverendíssima

Dom Richard Nelson Williamson

Em maio, a visita do Arcebispo Lefebvre aos Estados Unidos desencadeou outra tremenda batalha entre Jesus Cristo e Satanás, seu eterno adversário! Desta batalha vieram boas e más notícias. Comecemos pelas boas!

Em primeiro lugar, a Fraternidade tem um novo padre americano, Pe. John Hogan de Michigan. Sua Excelência, o Arcebispo Lefebvre, de 78 anos, chegou da Europa no dia 10 de maio e deu a tonsura ou ordens menores a doze seminaristas no sábado pela manhã; em 12 de maio, crismou aproximadamente 50 crianças e adultos à tarde; e deu ordens maiores aos seminaristas mais antigos no domingo pela manhã, dia 13 de maio.

Foi uma bela cerimônia, diante de um altar-mor verdadeiramente impressionante, posto (bem a tempo!) por diversos dedicados seminaristas e leigos dentro da nova igreja. Do lado de fora, o sol luzia brilhantemente para dar as boas-vindas a cerca de 500 visitantes de todo os Estados Unidos e Canadá. Segundo vários comentários feitos pessoalmente, e também frequentemente por carta, muitos estavam profundamente impressionados e tocados pela majestade e beleza do catolicismo tradicional. Em uma de suas mais nobres cerimônias, a de ordenação sacerdotal, que festa para os olhos! Que elevação para a alma! Que esperança para o futuro!

O Superior Geral da Fraternidade, Pe. Franz Schmidberger, e o Superior do mais novo Distrito da Fraternidade, Pe. François Laisney, também estavam presentes como diácono e subdiácono da missa de ordenação, acompanhando o Arcebispo. Imediatamente após a cerimônia, ambos partiram para Michigan, onde eu gostaria que muitos dos nossos pudessem ter visitado nossa igreja, o santuário de São José, em Armada. Eles ficariam maravilhosamente edificados em ver doze padres, a maioria – mas não todos – da Fraternidade, fazendo um retiro em silêncio, por alguns dias, sob a direção do Pe. Schmidberger. Eles vieram de todas as partes dos Estados Unidos e Canadá, uniram-se humildemente em oração para buscar a Deus e prosseguir em comum o árduo trabalho de salvar almas. Que esperança para o futuro! Estes sacerdotes não estão lutando por si mesmos. Mais ainda, eles têm um pai no sacerdócio, um fiel e corajoso bispo da Igreja Católica Romana! O Arcebispo Lefebvre visitou-os no meio do retiro, depois de administrar a crisma numa capela não pertencente à Fraternidade em Pittsburgh, e estava pronto para falar longamente com cada um que quisesse vê-lo. Este é o retrato de um quadro católico atrativo e singular: o bispo entre seus sacerdotes, os sacerdotes ao redor de seu bispo.

De lá, o Arcebispo partiu para Minnesota, onde crismou aproximadamente 80 almas. Aqui, apesar de ter pintado um quadro sóbrio sobre a situação obscura em Roma, as pessoas se sentiam obviamente elevadas e tremendamente encorajadas por sua visita. Sua Excelência, então, partiu para St. Mary’s, Kansas, onde passou três felizes dias crismando, conversando com vários leigos que estavam auxiliando o Pe. de la Tour (o qual administra este importante estabelecimento educacional), e celebrando uma missa solene pontifical no sábado pela manhã. Uma pequena resenha está na publicação deste mês do The Angelus. Ele retornou a Nova Iorque para, dois dias após, voltar à Europa. Antes de partir, o Arcebispo disse que estava muito feliz com o espírito da Fraternidade, visto tê-la encontrado florescente no seminário, em St. Mary’s, e nos vários centros da Fraternidade que visitou.

Pe. Schmidberger, que chegou aos Estados Unidos no dia 10 de maio, passará um mês aqui até o dia 11 de junho, fazendo um longo e exaustivo tour por todo o país para se familiarizar diretamente com muitos dos empreendimentos da Fraternidade, o melhor método de construir sobre firmes alicerces a obra futura da Fraternidade neste país. Na metade de seu tour, ele está sendo acompanhado pelo novo superior na América, Pe. Laisney, cuja juventude, energia e inteligência prometem torná-lo uma grande aquisição para que a obra da Fraternidade nos Estados Unidos dê um passo importante a frente. Dos meados de junho em diante, é provável que ele permaneça (ao menos provisoriamente) em Dickinson, Texas, que se torna temporariamente um quartel-general para toda a Fraternidade nos Estados Unidos.

Por último – e talvez o mais importante –, Pe. Schmidberger está ansiosamente planejando estabelecer nos Estados Unidos um mosteiro para freiras que orem e se sacrifiquem, com a ajuda da Madre Marie-Christiane, atualmente a responsável por três carmelos florescentes na Europa ligados à Fraternidade São Pio X. Ele tem desejado ardentemente que ela venha aos Estados Unidos inspecionar dois possíveis locais para um quarto carmelo!

Madre Marie-Christiane, irmã de sangue do Arcebispo Lefebvre e freira carmelita há 56 anos, tem desejado, desde há um ano e meio, uma fundação nos Estados Unidos. A experiência direta de Pe. Schmidberger com a necessidade urgente de santas orações para atrair a graça de Deus sobre os Estados Unidos levou-o a apressar o anseio de longa data da irmã. Rezemos para que surta efeito!

Toda esta obra de construção e reconstrução por meio da Fraternidade é uma resistência ao demônio, a qual ele não iria deixar em paz. Sua reação não tardou!

Numa noite de domingo, no dia 20 de maio, quando o Arcebispo voltou ao seminário bem tarde da noite, vindo do Kansas, um tanto cansado pela viagem, mal ele pôs o pé para fora do carro, recebeu uma intimação para comparecer a um tribunal civil, num processo para expulsar a Fraternidade da propriedade do seminário aqui em Connecticut, processo esse aberto pelos padres Cekada, Dolan, Jenkins, Kelly e Sanborn. Os que estavam presentes notaram, e não se esquecerão jamais, o semblante de dor na face do Arcebispo que, é bom lembrar, era o pai no sacerdócio, destes padres. Até o momento, de acordo com o Antigo Código de Direito Canônico, qualquer um que citar civilmente [citar civilmente consiste levar em alguém diante de um juiz civil – NT] um bispo católico, antes de um julgamento canônico, incorre em excomunhão automática (1341). Então, de acordo com o único Código de Direito Canônico que eles mesmos [os padres que abriram o processo contra Dom Lefebvre – NT] reconhecem, estes cinco padres estão excomungados!

Alguns dias depois, eis um acontecimento que não surpreenderia nenhum católico familiarizado com a passagem do Evangelho sobre a traição a Nosso Senhor, mas que, não obstante, causou profundo choque, sofrimento e escândalo para muitos deles: dos quatro padres recém-ordenados, que livremente pediram e receberam a ordenação sacerdotal na Fraternidade Sacerdotal São Pio X pelas mãos de seu fundador, o Arcebispo Lefebvre, depois de, na véspera, livremente prestarem solene juramento de fidelidade a seus superiores, com as mãos postas sobre os Evangelhos, dois, na tempestuosa noite do dia 23 de maio, em meio a relâmpagos e chuva torrencial, saíram do seminário e se uniram a nove sacerdotes que haviam desertado no ano anterior e, dois dias depois, um terceiro, já ausente, anunciou que estava fazendo o mesmo. E era noite.

Alguns fatos ressaltarão a natureza deste ato. Primeiramente, agora sabemos que bem pouco tempo depois da deserção dos nove [sacerdotes] um ano atrás, estes três, de fato, disseram a alguém que eles tinham a intenção de mentir para alcançarem o sacerdócio. Certamente, depois de um ano inteiro, suas palavras e ações no seminário tinham o caráter de persuadir a todos, sacerdotes, seminaristas, e mesmo visitantes, de que eles seriam leais à Fraternidade. Eles viveram, por um ano inteiro, mentindo?

Em segundo lugar, na véspera de suas ordenações, de acordo com os requisitos necessários da Santa Madre Igreja, todos os três fizeram um solene Juramento de Fidelidade no altar de Deus, com suas mãos tocando os Evangelhos diante do Santíssimo Sacramento no tabernáculo aberto, jurando, entre outras coisas, que respeitosamente obedeceriam a seus superiores na Fraternidade São Pio X. O texto completo deste juramento e as assinaturas dos três acompanham esta carta.

As alterações feitas no texto por um deles sugerem que ele não estava à vontade; e, de fato, para fazer tal juramento, cada um deve ter encontrado, ou recebido de alguém, uma maneira de justificar ou tornar razoável, para si mesmos e para os outros, o que fizeram. Entretanto, em terceiro lugar, se diante de Deus cometeram perjúrio, terem recebido as ordens sacras em tal estado terá sido um grave sacrilégio.

Em quarto lugar, ao fim da cerimônia tradicional de ordenação, cada um colocou sua mão entre as mãos do Arcebispo, que lhes perguntou em latim “Prometes-me a mim e aos meus sucessores reverência e obediência?” Cada um respondeu claramente “Promitto”, que quer dizer “Eu prometo”.

Em quinto lugar, a ruptura (ao menos aparente), após dez dias, destas promessas e juramentos solenes, vista em conjunto com todas as outras circunstâncias da última deserção, causou e continuará a causar um terrível escândalo para os católicos, não somente àqueles ligados à Tradição, que sustentaram financeiramente e ajudaram os três [citados sacerdotes – NT], porque confiaram que eles seguiriam ao Arcebispo Lefebvre em defesa da Fé, mas também a muitos outros que ainda não se ligaram à Tradição e que erroneamente, mas de modo compreensível, dirão que se a Tradição fomenta este tipo de deslealdade, não querem nada com ela.

À guisa de comentário a estes fatos, cremos que três citações no momento sejam suficientes. No dia 27 de maio deste ano, Pe. Sanborn disse no púlpito em Traverse City, Michigan, “Estou muito contente em anunciar que três dos quatro sacerdotes, que foram ordenados pelo Arcebispo Lefebvre em 13 de maio, decidiram se juntar a nós. Isto me alegra porque os formei, e nem todos os frutos de meu trabalho como reitor do seminário foram perdidos.” (Pe. Sanborn compreendeu que frutos ele reivindica serem seus?)

No dia 28 de abril do ano passado, pouco tempo depois da separação entre a Fraternidade e os nove sacerdotes, o Arcebispo Lefebvre disse no seminário a todos os seminaristas, inclusive a estes três que desertaram há pouco tempo:

Espero que façam a escolha certa. Mas devem escolher, [pois] se concordam com a posição, a atitude e a orientação do Pe. Kelly, então sigam-no. Se pensam que Monsenhor Lefebvre está correto, então sigam a atitude de “Monseigneur” [Este é o modo de chamar Dom Lefebvre na língua francesa – NT] e da Fraternidade. Mas vocês devem ser claros… honestos. Não digam: Ficarei em silêncio até depois da minha ordenação. Isto é errado! Deus sabe! É uma mentira diante de Deus… não diante de mim. Eu não sou nada. Mas diante de Deus! Os senhores não podem fazer isso! Foi exatamente isto que o Pe. Dolan disse, “Eu soube ficar quieto até minha ordenação.” Não consigo compreendê-lo fazendo isso! Um futuro padre fazendo isto??

E no dia 30 de maio deste ano, um dos três últimos desertores, quando uma senhora censurou-o dizendo que um golpe como este que deram poderia ter matado o Arcebispo, replicou, “Ah, ele já está com 78 anos mesmo. Veja, sou grato a ele, porque sem ele eu não seria sacerdote”.

As pessoas podem se perguntar porque algo assim aconteceria dentro de um seminário, e se o mesmo não acontecerá novamente. A resposta é que Jesus viu as profundezas do coração do homem (João 6, 65-71), e mesmo assim preferiu permitir que um Apóstolo fosse infiel. Quanto aos sacerdotes de Jesus, só podemos perscrutar os corações humanos “tão longe quanto a fragilidade humana nos permita conhecer” (palavras do próprio rito de ordenação). Caso contrário, se chega a um ponto de desconfiança, no qual o serviço de Deus para de funcionar e um seminário católico já não consegue mais operar, porque a caridade “tudo crê e tudo espera” (I Cor. 13,7). Entretanto, estamos de olhos abertos, e um seminarista já foi convidado a se retirar, desde a deserção, pois, sob questionamento, ele confessou que compartilhava claramente o modo de pensar dos desertores.

Para fortificar sua fé, o seminário e o santuário St. Joseph, novamente neste verão, estão oferecendo alguns dias com os grandes Exercícios Espirituais de Santo Inácio. Aproveitem esta incomparável oportunidade para fortalecer sua vida espiritual, que é mais importante do que qualquer outra coisa. De nossa parte, com o auxílio de Deus, nem a Fraternidade nem o seminário sairão de seu curso, mas a despeito destas experiências, ou mesmo por causa delas, ambos prosperarão como a Deus aprouver. Nosso próximo projeto é a abertura de outra missão em Long Island, onde muitos católicos encontram-se em perigo.

Que a vontade santíssima e imperscrutável de Deus seja sempre adorada, e que sua Mãe Santíssima, a Virgem fidelíssima, um dia nos obtenha, nestes tempos infiéis, as graças da fidelidade e da lealdade!

Tradução do texto original em inglês (que se encontra abaixo) “Letters From the Rector of St. Thomas Aquinas Seminary”, Volume 1: The Ridgefield Letters (p. 31 to 38)

Advance – and Betrayal

June 5, 1984

By His Excellency

Richard Nelson Williamson

Archbishop Lefebvre’s May visit to the United States unleashed another tremendous battle between Jesus Christ and Satan, his undying adversary! From this battle flowed good news and bad news. Let us start the good news!

Firstly, the Society has a new American priest, Fr. John Hogan from Michigan. His Grace, Archbishop Lefebvre, 78 years old, arrived from Europe on May 10 and gave tonsure or minor orders to twelve seminarians on Saturday morning, May 12, confirmation to nearly fifty children and adults in the afternoon, and major orders to the senior seminarians on Sunday morning, May 13.

It was a beautiful ceremony in front of the very impressive high altar put together (just in time!) inside the new church by a number of hardworking seminarians and lay-workers. Outside, the sun shone brilliantly to welcome some five hundred visitors coming from all over the United States and Canada. From various comments made in person and also frequently by mail, many were deeply impressed and moved by the majesty and beauty of Catholic traditionalism at its finest. In one of its noblest ceremonies, that of an ordination to the priesthood, what a feast for the eyes! What an uplift for the soul! What a hope for the future!

The Society’s Superior General, Fr. Franz Schmidberger, and the Society’s newest District Superior, Fr. François Laisney (pronounced Lay-nay), were also present as deacon and subdeacon of the ordination Mass, flanking the Archbishop. Immediately after the ceremony, both of them left for Michigan where I wish many of our people could have visited our church, St. Joseph’s Shrine in Armada. They would have been marvelously edified by the sight of over a dozen priests, mostly, but not all, from the Society, making a silent retreat for several days under Fr. Schmidberger. They came from all over the United States and Canada, united humbly in prayer to seek God and to pursue in common the arduous work of saving souls. What a hope for the future! Those priests are not fighting by themselves. Moreover, they have a father in the priesthood, a faithful and courageous bishop of the Roman Catholic Church! Archbishop Lefebvre visited them in the middle of their retreat after giving confirmation at a non-Society chapel in Pittsburgh, and he was able to talk at length to each of them who wished to see him. It makes an attractive and uniquely Catholic picture: the bishop amidst his priests, the priests around their bishop.

From there, the Archbishop went on to Minnesota where he administered confirmation to nearly 80 souls. Here, although he gave a sobering picture of the dark situation in Rome, the people were obviously uplifted and tremendously encouraged by his visit. His Grace then went on to St. Mary’s, Kansas, were he spent three happy days administering confirmation, talking to various laymen who are helping Fr. de la Tour to run his major educational establishment, and holding a Pontifical High Mass on Saturday morning. A full picture-story is in this month’s issue of The Angelus. He returned to New York for two more days before going back to Europe. Before leaving, the Archbishop said that he was very happy with the spirit of the Society such as he now found it flourishing at the seminary, at St. Mary’s, and in the various centers of the Society which he visited.

Fr. Schmidberger, who arrived in the United States on May 10, is spending over a month here until June 11, making a long and exhausting tour all around the United States, so as to make himself directly familiar with many of the Society’s endeavors, the better to build upon firm foundations for the future work of the Society in this country. For half of his tour, he is being accompanied by the new superior in America, Fr. Laisney, whose youth, energy and intelligence promise to make him a great acquisition for taking the Society’s work in the United States a major step forward. From the middle of June onwards, he is likely to settle (at least provisionally) in Dickinson, Texas, which becomes temporary headquarters for the whole Society in the United States.

Last – and most important – Fr. Schmidberger is anxiously making plans to stablish a cloister for praying and sacrificing nuns in the United States, with the help of Mother Marie-Christiane, presently head of three Carmels which are flourishing in Europe, attached to the Society of St. Pius X. He has been eager for her to come to the United States to inspect two possible locations for a fourth Carmel!

Mother Marie-Christiane, a natural sister of Archbishop Lefebvre and Carmelite nun herself for 56 years, has for the last year and half been wishing for a foundation in the United States. Fr. Schmidberger’s direct experience of the urgent need for holy prayer to draw down God’s grace in the United States has prompted him to expedite her longstanding aspiration. Let us pray it come to fruition!

All this work of building and rebuilding by the Society constitutes a resistance to the devil which he could not leave in peace. His reaction was not slow in coming!

On Sunday night, May 20, when the Archbishop arrived back at the seminary at a late hour from Kansas, somewhat tired and travel-weary, no sooner had he stepped out of the can than he was served with a civil court summons in a suit to evict the Society from the seminary property here in Connecticut, a suit filed by Fathers Cekada, Dolan, Jenkins, Kelly and Sanborn. Those standing by noticed and will not easily forget the look of pain on the face of the Archbishop, who it must be remembered was their Father in the priesthood. Now according to the old Code of Canon Law, anyone citing a Catholic bishop before a civil judge incurs automatic excommunication (canon 1341). Hence, according to the only Code of Canon Law which they themselves recognize, these five priests are excommunicated!

Then a few days later, an event which should have taken by surprise no Catholic familiar with the Gospel story of the betrayal of Our Lord, but which has nevertheless caused deep shock and heartache and scandal to countless Catholics: of the four newly ordained priests who had freely requested and received ordination within the Society of St. Pius X at the hands of its founder, Archbishop Lefebvre, after freely taking on the evening before with their hand on the Gospels a solemn oath of fidelity to their superiors, two of the four, on the stormy afternoon of May 23, amidst flashes of lightning and torrents of rain, walked out of the seminary and went to join the nine priests who defected last year, and two days later a third, already absent, announced that he was doing the same. And it was night.

A few facts will highlight the nature of this deed. Firstly, we now know that very soon after the defection of the Nine one year ago, these three actually told someone that they intended to lie low in order to get the priesthood. Certainly, over the course of one whole year their words and actions in the seminary were of a nature to persuade everyone, priests, seminarians and even visitors from outside, that they would be loyal to the Society. Did they for one whole year live a lie?

Secondly, on the very eve of their ordination, in accordance with the traditional requirements of Mother Church, all three took a solemn Oath of Fidelity at the altar of God, with their hand touching the Gospels before the Blessed Sacrament in the opened tabernacle, swearing amongst other things that they would respectfully obey their superiors in the Society of St. Pius X. The complete text of this oath and the signatures of all three are enclosed with this letter.

The alterations made to the text by one of them suggest he was not at ease, and indeed to swear such an oath at all each of them must have found, or been given, a way of justifying or rationalizing to himself and to others what he did. However, if before God they here committed perjury, then their receiving of holy orders in such a state will have been, thirdly, a grave sacrilege.

Fourthly, towards the end of the traditional ordination ceremony, each of the three placed his hands between the hands of the Archbishop, for the Archbishop to ask him in Latin, “Do you promise to me and my successors reverence and obedience?” Each of the three answered distinctly, “Promitto”, meaning “I promise”.

Fifthly, the at least apparent breaking, within ten days, of these solemn oaths and promises, taken together with all the other circumstances of this latest defection, has caused and will continue to cause a terrible scandal to Catholics, not only to those attached to Tradition who supported and assisted these three because they trusted them to follow Archbishop Lefebvre in defense of the Faith, but also to countless others not yet attached to Tradition who will wrongly but understandably say that if Tradition fosters such disloyalty, then they want none of it.

By way of comment upon these facts, let three quotations for the moment suffice. On May 27 of this year, Fr. Sanborn said from the pulpit in Traverse City, Michigan, “I am very pleased to announce three of the four priests who were ordained by Archbishop Lefebvre on May 13th have decided to come with us. This makes me very happy because I trained them, and so not all the fruits of my labor as rector of the seminary were lost.” (Does Fr. Sanborn realize what fruits he is laying claim to?)

On April 28 of last year, just after the split between the Society and the Nine, Archbishop Lefebvre said at the seminary to all the seminarians, including the three who have just defected:

I hope you will make the good choice. But you must choose. If you agree with the position and attitude and orientation of Fr. Kelly, then follow Fr. Kelly. If you think Mgr. Lefebvre is right, then follow the attitude of Monseigneur and the Fraternity. But you must be clear… honest. Do not say: I will be silent until after my ordination. That is wrong! God knows that! That is a lie before God… not before me. I am nothing. But before God! You cannot do that! That is precisely what Fr. Dolan said, i.e., “I knew how to keep quiet until my ordination”. I cannot understand him doing that! A future priest doing that??

And on May 30 of this year, one of the three latest defectors, when reproached by a lady that such a blow as these actions of their might have killed the Archbishop, replied, “Oh, he’s 78 years old anyway. Mark you, I’m grateful to him, because without him I wouldn’t be a priest.”

People might ask how such a thing could happen inside a seminary, and whether the same will not happen again. The answer is that Jesus saw to the very depths of the human heart (John 6:65, 71), but still chose to allow an Apostle to be unfaithful. As for Jesus’ priests, we can only see into human hearts, in the words of the ordination rite itself, “as far as human frailty allows us to know.” Also there comes a point of mistrust at which the service of God seizes up and a Catholic seminary can no longer operate, because charity “believes all things and hope all things” (I Cor. 13:7). However we are keeping our eyes open, and one seminarian has already been asked to leave since the defection, who under questioning clearly shared the defectors’ way of think.

To fortify your Faith, the seminary and St. Joseph’s Shrine are again this summer offering several courses of St. Ignatius’ great Spiritual Exercises. Make use of this unique opportunity to strengthen your spiritual life, which is more important than anything else. For our part, with the help of God, neither the Society nor the seminary will be shaken off course, but despite these trials or even because of them, both Society and seminary will thrive as God wills. Our next project is the opening of another mission on Long Island, where many Catholics are in distress.

May God’s most Holy and Unsearchable Will be always adored, and may His Blessed Mother, Virgin most Faithful, ever obtain for us in these faithless times the graces of fidelity and loyalty!

(Letters From the Rector of St. Thomas Aquinas Seminar, Volume 1: The Ridgefield Letters, p. 31 to 38)

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