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O FIM DO HOMEM – A Importância

I – O FIM DO HOMEM

A Importância

2 – Quando importa conseguir o fim

2.1 – É a questão mais importante

No castelo de Betânia – Jesus entrou um dia na casa de Lázaro, seu amigo, que morava no castelo de Betânia. Lá estavam as duas irmãs de Lázaro, Marta e Maria, que receberam de boa vontade o Divino Mestre, fazendo-Lhe as honras da casa. E enquanto Maria sentada aos pés do Senhor ouvia suas palavras, Marta por sua vez se atarefava entre muitos afazeres, pois desejava que estivesse tudo pronto para o jantar. Mas Jesus lhe disse: “Marta, Marta, tu te apressas e te inquietas por uma porção de coisas; no entanto só uma coisa é necessária” (Lc 10,41). De que pretendia falar Jesus? Da salvação da alma. Quando se diz importante uma coisa? Quando vale muito, e quando resultam desastrosas consequências quando se vê perdida.

2.2 – O valor de uma alma

Ora, sabeis o que vale uma alma? Vale mais que todos os tesouros do mundo. Para criar a alma do homem, Deus empregou toda a sua onipotência; e no entanto ao criar tudo o que há de maravilhoso no mundo, só disse uma palavra: Ipse dixit, et facta sunt (Sl 32,9). A alma é a mais bela e a maior obra de Deus, porque é feita à imagem dele, é espiritual e imortal. E que fez Deus depois para salvar a alma do homem? Fez-se homem Ele próprio: nasceu pobre, viveu nos padecimentos, e após uma paixão dolorosíssima morreu entre agudos espasmos numa cruz! Ora, dizei-me: teria Deus feito tanto para salvar nossa alma, se esta não tivesse um valor imenso?

2.3 – As consequências de sua perda

Se se perde a alma, sabeis o que acontece? Perde-se o Paraíso e Deus: e, perdido Deus, está tudo perdido! Que serve pois ter ciência, gozar de muitas honras, possuir tantas riquezas, se a alma está perdida? É Jesus quem o diz: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se afinal perde a alma? (Mt 16,26). O que importa é salvar a alma.

Quarenta anos de reinado e depois o inferno! – Isabel, rainha da Inglaterra ( + 1603), famosa por sua impiedade e vida mundana, dissera: “Dê-me o Senhor quarenta anos de reinado, e não sei o que fazer de seu Paraíso!”. Pois bem: Deus deu a essa infeliz mais do que pedia ela: reinou 44 anos sempre feliz e temida de todos. Mas depois de morta, foi vista de noite nas margens do Tâmisa (o rio que atravessa a cidade de Londres) a sua sombra funesta e se ouviu esse triste lamento: “Quarenta anos de reinado e depois o inferno!”. Que adiantaram a essa mulher malvada os longos anos de reinado, o poder, o gozo, se afinal foi para o inferno?

2.4 – É sem remédio a perda da alma

A alma é uma só. Neste mundo há remédio para tudo: se se perdem as coisas temporais, a saúde, a roupa, o dinheiro, de qualquer modo se pode reparar o prejuízo, remediar à perda; mas se o homem perde a alma, que dará em troca? Não há mais remédio algum: está ela perdida para sempre!

Só tenho uma alma! – Uma vez se apresentou ao Papa Bento XI (+ 1304) o embaixador de um grande soberano, para pedir-lhe um favor em nome de seu chefe. O Pontífice, ao ver que se tratava de uma coisa ilícita, respondeu: “Eu quero tanto bem ao Príncipe, que se tivesse duas almas eu sacrificaria uma para contentá-lo; mas como só tenho uma alma, não sou tão estulto que a vá perder para lhe dar prazer”. Assim deve fazer todo cristão quando o demônio lhe sugere o mal: resistir, e dizer: só tenho uma alma!

(Extraído do livro A Palavra de Deus em Exemplos, G. Montarino)

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