17 de junho de 2017
“Vox túrturis audita est in terra nostra”
(Cant. II, 12)
Num dos números desta publicação usei a expressão “tradição judaico-cristã”. Lamento tê-lo feito, porque esta expressão é também utilizada pelos liberais para confundir as inteligências, como se judeus e católicos tivessem a mesma tradição. Os judeus não têm a mesma tradição que os católicos. Os católicos têm a fé de Abraão e os judeus renegaram esta mesma fé ao renegarem o Messias predito pelos profetas, o Filho de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo.
Eu queria (ao utilizar a expressão “tradição judaico-cristã) ressaltar a continuidade entre o Antigo e o Novo Testamento, opondo-a à tradição primordial dos gnósticos, como o faz Jean-Claude Lozac’hmeur no seu excepcional livro – “Fils de la Veuve” – editado por Chiré. Mas é necessário conformar-se com o uso na utilização das palavras. Se a expressão “tradição judaico-cristã” é sobretudo utilizada para tentar unir dois contrários (os que creem e os que não creem em Nosso Senhor Jesus Cristo), então é melhor não utilizá-la. Jean Vaquié utiliza a expressão “tradição bíblica”, melhor ainda é “tradição católica”.
Que um dia caia o véu que cobre os olhos dos judeus e que eles creiam no único Redentor, Jesus Cristo, Deus e homem, Filho eterno do Pai e Filho de Maria Santíssima.
+ Tomás de Aquino OSB
U.I.O.G.D