top of page

VOZ DE FÁTIMA, VOZ DE DEUS Nº 30

09 de setembro de 2017

                “Vox túrturis audita est in terra nostra”       

                               (Cant. II, 12)                       

Ainda em continuação da série de textos para meditação nos primeiros sábados de cada mês, que começamos nos números 25, 28 e 29 de “A Voz de Fátima”, eis aqui mais três mistérios:

Quinto mistério doloroso: A Crucifixão e Morte de Jesus.

Chegando ao Calvário, Jesus é pregado à cruz com grandes cravos, dos quais Ele vai pender durante três horas, sofrendo uma agonia terrificante, mesclada de falta de ar, cãibras em todos os músculos do corpo, dor insuportável dos pregos atravessados em Suas mãos e pés, suor abundante em todo o corpo e sede abrasadora. Ajuntando a tudo isso, os sarcasmos dos circunstantes e a vista dos sofrimentos de Sua Mãe completam o cortejo de sofrimentos que precedem a dolorosa  separação da alma e do corpo. Os céus se vestem de luto, com uma misteriosa escuridão durante essas três horas. E após o desenlace final, vários prodígios se verificam, entre eles o impressionante terremoto, que vai fender a rocha do Calvário. Mas o mais impressionante é que nesse momento foi transposto o abismo que separava o homem de Deus: a honra de Deus foi reparada, a humanidade foi resgatada e o demônio foi vencido.

Primeiro mistério glorioso: A Ressurreição.

Maria Santíssima estava a ponto de morrer de tanto sofrimento em rememorar as cenas horríveis que Ela presenciou na Paixão e Morte de Seu Divino Filho. Mas Jesus veio em seu auxílio, pois ainda não era chegada a hora de Ela partir desse mundo. Nosso Senhor ressuscita no domingo, ainda cedinho, antes de completar três dias após Sua morte, e vem reavivar a Mãe dolorosa. A alegria substitui a tristeza, e a vida retoma seu vigor em lugar da morte que se aproximava. Para todos aqueles que amavam a Nosso Senhor, esse dia de domingo se tornou o mais importante do calendário, pois viram-No novamente vivo, para não mais morrer. Apesar de Seus sofrimentos, Maria Santíssima, unicamente, não havia perdido a fé de que se realizaria a ressurreição de Jesus. Dai-nos, Senhora, a graça de termos também uma fé firme e profunda.

Segundo mistério glorioso: A Ascensão.

Jesus ainda ficou quarenta dias com os homens, depois de Sua ressurreição, antes de subir ao Céu. Deu Suas últimas instruções aos Apóstolos para a organização da Santa Igreja. Completados esses dias, estando Ele sobre o Monte das Oliveiras, rodeado de muitas pessoas, elevou-Se da terra, abençoando a todos os presentes, até sumir por detrás de uma nuvem. No Céu, Ele foi colocado no mais alto grau de glória, que Lhe era devido, em razão da união de Sua natureza humana com Sua natureza divina. E no Paraíso Celeste, Ele é o intercessor necessário entre nós e o Pai, nosso Advogado junto a Ele e o Rei supremo de todos os homens, povos e nações. No Céu, Ele ainda continua a Se oferecer como vítima de holocausto, a cada Santa Missa que se celebra sobre a terra: o Seu amor por nós não tem limites, e quisera sofrer novamente tudo o que suportou em Sua Paixão e Morte, se isso fosse possível. Na Cruz Ele nos adquiriu os méritos de que necessitamos, na Missa  Ele no-los aplica.

Arsenius

U.I.O.G.D.

*Os artigos publicados de autoria de terceiros não refletem necessariamente a opinião do Mosteiro da Santa Cruz e sua publicação atêm-se apenas a seu caráter informativo.

É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações ou qualquer outro conteúdo deste site por qualquer meio sem a prévia autorização de seu autor/criador ou do administrador, conforme LEI Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

bottom of page