27 de janeiro de 2018
“Vox túrturis audita est in terra nostra”
(Cant. II, 12)
Continuando o exame de certas noções necessárias à compreensão dos escritos de Guénon e de Schuon, em vista de analisar o artigo de Olavo de Carvalho na Revista Verbum nos 1 e 2, é oportuno indicar o nome de um especialista na matéria: Jean Vaquié. Este autor escreveu: “L’imposture guénonianne. Le traditionalisme, la métaphysique, le symbolisme hétérodoxes de René Guénon.” O livro foi reeditado na França pelas Éditions ACRF, no ano passado.
A metafísica de Guénon é inspirada no hinduísmo e constitui o fundo comum de toda a sua obra. Tentaremos aprofundar o assunto tanto quanto nos for possível, mas nada melhor do que ler os estudos já realizados sobre este tema. Jean Vaquié recebeu as felicitações de Dom Lefebvre por suas obras, nas quais ele refuta, desmascara os inimigos da Igreja infiltrados entre os católicos, como foi o caso de Guénon.
Jean Vaquié escreveu também “L’École de l’ésotérisme moderne”, no qual ele indica que há nos meios católicos tradicionais um grupo de intelectuais fortemente influenciados por Guénon, Schuon e A.K. Coomaraswamy. Um desses intelectuais foi Jean Borella, cujo livro, “La charité profannée”, foi imprudentemente editado e difundido por tradicionalistas.
Os dominicanos de Avrillé, na França, fazem um excelente trabalho com sua revista “Le Sel de la Terre” e suas edições “Le Sel”, onde encontramos o livro “René Guénon jugé par la Tradition”, de Antoine de Motreff, que nos tem sido muito útil no estudo do pensamento de Guénon.
Antes de terminar, registro a recepção de dois e-mails em defesa de Olavo de Carvalho e de seu artigo na revista Verbum. Olavo não teria exposto senão o pensamento de Guénon sem aderir a nada do que diz Guénon? É isso mesmo? Recomendamos o estudo do Rev. Pe. Joaquim FBMV sobre esta questão: “Análise do artigo de Olavo de Carvalho publicado na revista Verbum, números 1 e 2, julho e novembro de 2016”.
Com a ajuda de Deus, voltaremos ao assunto.
+ Tomás de Aquino OSB
U.I.O.G.D