VOZ DE FÁTIMA VOZ DE DEUS
“Vox túrturis audita est in terra nostra”
(Cant. II, 12)
Nº 72 – 13 de agosto de 2022
No décimo domingo depois de Pentecostes, Nosso Senhor nos propõe a parábola do fariseu e do publicano. O fariseu, orgulhoso. O publicano, humilde. O fariseu veio ao templo para rezar. Foi rezar, mas nada pediu. Não pediu, porque era orgulhoso. Não pediu, mas se comparou a todos os homens, e se pôs acima de todos. Que podia pedir este homem que se crê perfeito?
O publicano, porém, não ousava levantar os olhos aos céus, e repetia sem cessar: “Meu Deus, tem piedade de mim, que sou um pecador.” Este pedia alguma coisa, e alguma coisa de grande, de excepcionalmente grande: o perdão que Nosso Senhor veio nos trazer pelo sacrifício da cruz; razão de ser de sua encarnação.
Nesta crise atual, lembremo-nos sempre de que somos pecadores. A Tradição tem para si a verdadeira doutrina, a fé verdadeira, mas quem somos nós senão pobres pecadores? Tenhamos cuidado para não sermos como o fariseu.
Quem e o que pode nos salvar? A Missa de Sempre, que é a renovação da morte de Nosso Senhor na cruz. Amemos a missa que nos ensina a humildade de corpo e de alma. “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e minha alma será salva.” Fazendo assim, seremos salvos.
+ Tomás de Aquino, OSB